São quatro músculos bipenados, originam-se dos lados adjacentes dos ossos metacarpais, mais extensamente do metacarpal em cujos dedos eles penetram. Estão fixados distalmente nas bases de suas falanges proximais e, separadamente, nas expansões digitais dorsais. O primeiro e maior músculo termina no lado radial da falange proximal do dedo indicador e na cápsula de sua articulação metacarpofalângica. O segundo e o terceiro passam para os lados radial e ulnar do dedo médio; o segundo geralmente alcança a expansão digital e a falange proximal; o terceiro, somente a expansão digital. O quarto está fixado na expansão digital, mas pode enviar um feito para a falange proximal, superfície ulnar, do dedo anular (IV).
O suprimento nervoso é pelo ramo profundo do nervo ulnar (C8 e T1). Raramente, o primeiro interósseo dorsal é suprido somente pelo nervo mediano.
Estes músculos abduzem os dedos, sendo ainda flexores nas junturas metacarpofalângicas e extensores fracos nas junturas interfalângicas. Assim, na manipulação precisa, os interósseos são importantes impondo forças necessárias, assim como a flexão nas junturas metacarpofalângicas.
A vascularização destes músculos se dá por ramos provenientes das artérias metacárpicas dorsais, que são ramos de um “arco carpal dorsal” formado pelas anastomoses dos ramos carpais dorsais das artérias ulnar e radial, e também pelas artérias interósseas anterior e posterior.
O escoamento vascular sanguíneo ocorre por meio das veias metacarpais dorsais para uma rede venosa dorsal e daí para as veias basílica e cefálica. A veia cefálica drena para a veia jugular externa, mas pode drenar também para a veia basílica. A veia basílica torna-se a veia axilar e depois veia subclávia que se une à veia jugular interna formando a veia braquiocefálica que drena para a veia cava superior.